História

História do Município

História do Município

As primeiras notícias sobre a origem de Jaicós datam de 1731, com a criação de uma aldeia de índios chamada ICÓS (cujo cacique se chamava Jaicó ou Jacó – daí o topônimo do Município, Jaicós), provavelmente pertencente ao ramo Tupi. No início da povoação, porém, o local era conhecido por Cajueiro.

Em 1762, a aldeia já contava com 345 índios domesticados e 28 moradias com construção das duas escolas (1766) e já erguida a Capela, deu-se a criação da freguesia em virtude da provisão régia datada em 1801, mais somente em 12 de julho de 1805, quando o Bispo do Maranhão, Dom Luís de Brito Homem, realizou o Ato Episcopal, foi instalada a freguesia que teve como o primeiro vigário Pe. Antônio Delfino da Cunha, as características do núcleo de índios já haviam sido perdidas em 1891, pois sua população possuía cartas variadas através do Decreto Imperial de 06 de julho de 1832, o Povoado Cajueiro foi elevado a categoria de Vila e criado o município, desmembrado de Oeiras, a instalação oficial ocorreu a 21 de fevereiro de 1834, a elevação de sede do município à cidade deveu-se ao Decreto Estadual de nº 03, de 30 de dezembro de 1889.

Tribo Getcoz foi originária do município; jesuítas lutaram pela preservação deles

No Tempo das descobertas, as nominações obedeciam a certos critérios, que tinham em vista destacar e valorizar o espaço a que eram atribuídas, evitando-se qualquer intuito de auto-exaltação dos seus pretensos descobridores os invasores; estes, quase sempre, preferiam homenagear suas terras de origem, geralmente importantes, ou aproveitavam para praticar seus pendores de filósofos ou poetas, de maneira que a nascente descoberta ou conquistada saía do anonimato com o selo da fama ou da beleza. Entre os índios tais denominações eram levadas mais a sério ainda, com a observância de certas regras místicas de que emanavam os bons e maus presságios.

Assim define o pesquisador José Rafael Lélis, de 69 anos, a forma como se chegou ao nome do município Jaicós, que pela grafia fonética, de tradição indígena era inscrita com “Getcoz”, cuja origem remota ao tempo das primeiras reduções jesuítas contemporâneas de Mém de Sá [1557-1572], portanto, bem antes das primeiras invasões pelos aventureiros da Casa da Torre, na Bahia, que em cavalos, tinham como único interesse água e capim, massacrando quem encontrasse na frente contra seus objetivos de expansão e domínio territorial piauiense.

Os jesuítas afastaram os índios escondendo-os no interior para escapar da ação predatória dos exploradores portugueses, espanhóis, holandeses e franceses nos primórdios do Brasil. Os padres Miguel de Carvalho, Phelipe Bourel e Tomé de Carvalho, fundadores das primeiras capelas piauienses – inclusive as de Bocaina e Jaicós – logo após a de Oeiras, no final do século XVII, atestaram a grande concentração indígena encontrada no local, muito próximas umas das outras o que garantia uma maior concentração de índios, facilitando assim o trabalho de catequização. Tempos depois os índios voltaram a se dispersar.

Os jesuítas sofreram severas perseguições do Marquês de Pombal, que obcecado pela cobiça confiscou-lhes os bens e expulsou-os do País. No livro “Tratados da Terra e Gente do Brasil”, de autoria do padre Fernão Cardin, secretário do primeiro visitador jesuíta do Brasil, no mesmo período do governo Mem de Sá, aparece pela primeira vez a denominação das tribos “Jeicó” ou Jaicó” que estariam localizadas nos sertões de São Francisco e confins de Mato Grosso, que seria a tradução em tupi de “Nós Estamos Quietos”.

O município de Jaicós consta das primeiras cartas geográficas do interior do Nordeste, servindo o seu traçado primitivo para estabelecer, no início do século XIX, o território paroquial, considerado o de maior extensão do Brasil, já que atingia desde a divisa do Piauí com Ceará e Pernambuco, na Serra Grande e na Serra do Araripe, até a Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato [onde se desenvolveu as pesquisas sobre o homem primitivo que datam de 50 mil anos] incluindo todos os municípios desde Pio IX, Marcolândia, Simões, Paulistana, limitando-se com Jerumenha com passagens nos limites de Oeiras até chegar um círculo do qual faz parte de Picos, cujos filhos eram batizados na Igreja Matriz Nossa Senhora das Mercês, em Jaicós, conforme os arquivos.

O historiador F.A.Pereira da Costa, no livro “Cronologia Histórica do Estado do Piauí” afirma que o vasto território dos jaicoenses foi uma das portas de entrada para a exploração do Estado, que se distingue dos demais estados nordestinos por ter sido colonizado no sertão e não pela praia. A serra de Dois Irmãos era a porta principal de acesso à colonização.

O padre Miguel de Carvalho acrescenta um ingrediente notável fruto de valiosos documentos e de pesquisa histórica. Em documento enviado ao bispo em 02 de março de 1697, relacionou diversos agrupamentos indígenas que encontrou no interior do Piauí, inclusive os Jaicoz [com grafia z] e seus vizinhos, estes conhecidos por Icós, que estacam na Serra do Araripe, entre os municípios de Padre Marcos, Francisco Macedo e Marcolândia [antes território jaicoense] que são descritos como barbados, uma miscigenação do índio com branco, que estavam por aqui desde a segunda metade do século XVI, época das reduções jesuítas.

A colonização do Piauí pelos vaqueiros registra muitos conflitos entre os invasores – os cavalarianos – e os índios que se defendiam do perigo representado pelo homem branco e cada dia mais se aprofundava pelo interior do Estado.

FONTE: PORTAL SAIBA MAIS.


A História de Jaicos

Os primeiros dados sobre Jaicós datam de 1731, numa aldeia de Índios chamados Icós, cuja tribo tinha como cacique um senhor chamado Jacó ou Jaicó, daí o nome da referida cidade. Ao longo do tempo foi ganhando habitantes, pessoas de outras partes do estado e do país. Conseguiu sua emancipação política em 21 de fevereiro de 1834, possui personagens históricos como Padre Marcos de Araújo Costa, nascido na comunidade Paulista, atual município de Paulistana, na época pertencente ao território de Jaicós (fundador da Igreja de Nossa Senhora das Mercês em 1837), Aristides Mendes de Carvalho]], Marechal Antônio Alves Feitosa FilhoValdemar de Moura RamosConstâncio CarvalhoAlberto Luz e Humberto Reis da Silveira.


Filhos Ilustres

Filhos Ilustres[editar | editar código-fonte]

  • Afonso Teles Coutinho - Advogado e Procurador Aposentado do Poder Legislativo do Piauí, onde exerceu as funções dos cargos de diretor legislativo, administrativo, geral e Procurador Geral da Procuradoria daquele Poder. Foi conselheiro e Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB-PI - Seccional Piauí, bem como membro do Ministério Público do Estado, tendo sido promotor de Justiça de Piripiri-PI, de onde pediu exoneração para se dedicar ao exercício da advocacia.
  • Alberto Bessa Luz - foi um dos políticos mais influentes do Piauí, sobretudo no governo do parnaibano Chagas Rodrigues, tendo sido secretário de Estado, deputado estadual e deputado federal, dentre seus filhos teve dois advogados, Agatângelo Neiva Luz e Inácio Neiva Luz; também dentre seus genros, tem o advogado e professor doutor em direito penal, Ademar Gonçalves Bastos.
  • Álvaro dos Santos Pacheco - é empresário, jornalista e político brasileiro, Exerceu em duas oportunidades o mandato de senador pelo estado do Piauí na qualidade de primeiro suplente de Hugo Napoleão. Escritor com 20 livros publicados de alta qualidade literária e invenção poética, Álvaro Pacheco representa o melhor da poesia brasileira contemporânea. A escritora Rachel de Queiroz destacou que a poesia de Álvaro Pacheco é uma flor que se arranca da terra já dentro da geometria impecável da sua lapidação. Álvaro Pacheco quando jovem escreveu para o Jornal do Brasil, para a revista Manchete e O Cruzeiro. Recebeu o Prêmio Nacional de Literatura do PEN Clube do Brasil, o Prêmio Cecília Meireles da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro e a comenda da Ordem do Rio Branco, a maior honraria política da república brasileira. Álvaro Pacheco pertence a Academia Piauiense de Letras, ao PEN Clube do Brasil e ao Conselho Federal de Cultura. Como político, foi senador e deputado federal. Atualmente vive no Rio de Janeiro, onde exerceu a advocacia bem como produziu cinema com a Artenova Filmes e a Ariel Cinematográfica, ambas de sua propriedade. Estreou na poesia com OS INSTANTES E OS GESTOS, em 1958. Escreveu outros importantes livros como A FORÇA HUMANA (1970), BALADA DO NADADOR DO INFINITO (1984) e VASO ETRUSCO(2003).
  • Marechal Alves Filho - Primeiro aviador brevetado do Piauí.
  • Humberto Reis da Silveira - Deputado estadual por mais de 50 anos, Foi Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Piauí, sendo o principal representante de sua região no Estado do Piauí. Foi o primeiro Secretário de Estado da Justiça do Piauí, na década de 80, no governo Hugo Napoleão.
  • Jacinto Teles Coutinho - Agente Penitenciário, Advogado (aprovado no V Exame Nacional da OAB em Direito Constitucional). Exerceu o mandato de Vereador de Teresina por dois períodos - entre 2002 a 2008 (foi presidente das Comissões de Legislação Participativa e de Direitos Humanos), Sócio Fundador e ex-Presidente do SINPOLJUSPI, ex-Presidente da FENEPOL - Federação Nordestina dos Policiais Civis, foi Diretor de Segurança Pública e do Departamento Jurídico da COBRAPOL - Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis, foi Conselheiro Penitenciário do Piauí (2005-2013), atualmente é Presidente da AGEPEN-PI - Associação Geral do Pessoal Penitenciário do Estado do Piauí.
  • José Solon de Souza - Solon Reis - Médico (Titular da Sociedade Brasileira de Urologia), Escritor (Titular da Academia de Letras da Região de Picos, Compositor (Titular da Ordem dos Músicos do Brasil).
  • Vicente Leal de Araújo - Ministro Aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), jurista brasileiro. Atualmente advogado em Brasília/DF. Iniciou a carreira pública como Oficial da PM do Ceará, juiz de direito do mesmo estado e posteriormente aprovado em primeiro lugar para o concorrido cargo de juiz federal.

Cultura[editar | editar código-fonte]